quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Fisioterapia na gravidez e após o parto

As intensas mudanças no corpo da mulher com a gravidez e o parto podem ser motivo de desconforto, dor, baixa auto-estima e mesmo práticas inadequadas baseadas no senso-comum. Como problemas potencias, podemos citar:

  • Desenvolvimento de má postura;
  • Sobrecarga dos membros superiores causadas pelas alterações físicas da gravidez e requerimentos musculares do cuidado com o bebê;
  • Mudança na imagem corporal;
  • Circulação alterada, veias varicosas, edema de membros inferiores;
  • Sobrecarga ou trauma do assoalho pélvico
  • Estiramento e trauma dos músculos abdominais e diástase dos retos
  • Diminuição na resistência cardiovascular devido à falta de conhecimento sobre formas adequadas e seguras de exercícios físicos;
  • Desconhecimento quantos às alterações fisiológicas da gravidez, favorecendo a adoção de práticas inadequadas;
  • Habilidades inadequadas de relaxamento, necessárias ao trabalho de parto e expulsão;
  • Falta de preparo físico para o trabalho de parto e expulsão;
  • Desenvolvimento de patologias músculo-esqueléticas;
  • Progressão insegura nos exercícios pós-parto.
A assistência fisioterápica durante a gestação, o parto e o puerpério é um instrumento eficaz na promoção da saúde da mulher e na prevenção de sintomas, lesões e complicações desse período. Além disso, tem baixo custo e poucas contra-indicações. Entre seus benefícios podem ser relacionados:

  • Menor incidência de dores musculares e distúrbios posturais durante a gestação e no puerpério;
  • Menor incidência de afecções músculo-esqueléticas, como a Síndrome do Piriforme;
  • Menor incidência de incontinência urinária e outros distúrbios do assoalho pélvico no pós-parto;
  • Melhor capacidade da mulher para manter suas atividades cotidianas, sejam domésticas ou profissionais;
  • Melhor preparo físico e emocional da mãe para as exigências do parto, favorecendo a evolução do parto natural;
  • Menor percepção da dor durante o trabalho de parto;
  • Incentivo à atividade física e hábitos saudáveis;
  • Melhor evolução de complicações comuns do parto, com hematomas, constipação intestinal, distensão abdominal, edema de membros inferiores, tromboses e varizes;
  • Recuperação mais rápida após o parto cesáreo, assim facilitando o envolvimento da mãe com os cuidados com o bebê e favorecendo o vínculo mãe-filho.

São contra-indicações aos exercícios na gestação: Incopetência Cervical, Sangramento Vaginal, Placenta Prévia, Bolsa Rôta, Trabalho de Parto Prematuro, Cardiopatia materna,
Diabetes ou Hipertensão materna (podendo variar conforme gravidade e grau de controle clínico), Retardo do Crescimento Intra-Uterino. É essencial manter um adequado acompanhamento médico.


Cíntia Coelho dos Santos
Fisioterapeuta

Um comentário: